segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

NEOPEDAGOGIA DA ACENTUAÇÃO NA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA



Participação do prof. Francisco Dequi no “Colóquio Ortografia e Bom-senso” com a tese Neopedagogia da Acentuação Gráfica na Academia das Ciências de Lisboa, novembro de 2015.


Alceu Vanzing
Lourdes Dallagnol Dequi


O colóquio, com duração de dois dias, teve início no dia 09 de novembro de 2015, às 10h, no salão nobre da Academia das Ciências de Lisboa. O presidente da instituição, Artur Anselmo, abriu a sessão com a presença dos membros titulares do sodalício da Academia e com as mais altas autoridades em gramaticologia e em linguística da língua lusa. A pauta seguiu o preestabelecido. O Brasil teve quatro convidados para participar como oradores. Três eram gaúchos: José Carlos Gentili, Francisco Dequi, Celso Augusto Nunes da Conceição. O pernambucano Evanildo Cavalcanti Bechara, atualmente radicado no Rio de Janeiro, teve participação destacada, pois, no Acordo Ortográfico de 1990, coordenou a reforma em nome da comunidade brasileira.


 


Prof. Dequi responde a indagações do plenário. Bechara acompanha.


Numa análise superficial, pode-se dizer que o último acordo não satisfez a maioria dos estudiosos da língua portuguesa dos países lusófonos. As críticas foram contundentes. O regramento do uso do hífen foi o mais criticado. A eliminação das consoantes mudas também sofreu intensas restrições. Alguns dos oradores defenderam a manutenção das tradicionais fonemas consonantais mesmo os mudos. Outros pregaram sua extinção.

Prof. Dequi expõe sua tese de regra única que explica todos os acentos.

Houve também oradores que não vislumbram futuro e solidificação do acordo ortográfico, mas acreditam que seu debate é uma tentativa que visa à unificação aproximada da língua lusófona, hoje a quinta mais falada no mundo. Deve-se aceitar e considerar normal a pronúncia diferenciada das vogais, principalmente, a de “e” e de “o” que, em Portugal, tem prolação aberta como em “demónio, bebé” e outras que possuem timbre aberto em Portugal e fechado no Brasil. Há nessas palavras mudança de timbre nessas vogais, mas a tonicidade, nelas, fica nas mesmas vogais. Esses pormenores dificilmente serão unificados. Cada povo continuará pronunciando de sua maneira. E a grafia terá que acompanhar o estabelecido pelo Acordo. Tal fato não causará qualquer prejuízo na comunicação escrita ou falada entre as nações lusófonas.
Duas professoras, neste colóquio, versaram sobre problemas diferentes entre os países. “Propina”, em Portugal quer dizer “taxa” a ser paga por certos serviços. No Brasil, ultimamente, essa palavra passou a traduzir, com muita ênfase, o aspecto criminoso e corrupto de certos percentuais de pagamentos feitos entre setores públicos e seus agentes.

Prof. Dequi expõe sua tese sobre Acentuação Objetiva com regra única.


A PARTICIPAÇÃO DO PROFESSOR DEQUI
        
Os programadores do Colóquio “Ortografia e Bom-senso” colimavam saber como o autor da Neopedagogia da Gramática conseguiria justificar que 99,8% dos acentos gráficos oficiais podem ser explicados por meio de uma única regra. A sua tese básica tem o seguinte texto: “Dominada a tonicidade natural das palavras sem diacrítico, 99,8% dos acentos gráficos oficiais da língua portuguesa podem ser explicados com uma única regra”.
O orador gaúcho, em 20 minutos, expôs os três roteiros da tonicidade natural das nossas palavras, com a exemplificação clara exibida em telão e, em seguida, mostrou o papel deslocador da tonicidade realizado pelo acento gráfico oficial, o que corresponde à regra única da neopedagogia do professor Dequi. Novamente, a exemplificação em data show deixou essa dinâmica da tonicidade bem evidente provocada pelo diacrítico – um processo bem simples.
O orador, em seguida, arrolou as inúmeras vantagens dessa neopedagogia da acentuação gráfica: ensina a tonicidade natural de qualquer palavra sem essa marca visual; simplifica o seu domínio, pois dispensa estudar e reter a contagem das sílabas para classificar as palavras em oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas; dispensa também diferenciar as vogais das semivogais e os consequentes encontros vocálicos “ditongos, tritongos e hiatos”. Esses pré-requisitos, pela didática do prof. Dequi, não são necessários para justificar os acentos gráficos oficias da nossa língua. São complicadores dispensáveis para a Acentuação Objetiva ensinada pela Neopedagogia da Gramática.

As doutoras gostaram da Neopedagogia, mas querem saber mais.

Ao encerrar sua exposição, o prof. Dequi solicitou a colaboração dos participantes para a busca de palavras que não se enquadrem dentro dos três itens da tonicidade natural das palavras sem acento gráfico. Pediu também que fossem apresentadas eventuais palavras que violem a regra única da acentuação gráfica, incluindo, nestas, os 0,2% dos sinais diferenciadores. Um grupo de docentes, no intervalo destinado ao cafezinho, apresentou “um abacaxi”: a palavra “performance” que, na sua escrita, aparece sem acento gráfico tanto nos dicionários lusitanos como nos brasileiros. Tanto pelas regras do Acordo como pelas da Neopedagogia apresentadas, esse vocábulo deveria ser marcado com acento gráfico. Ou por ser proparoxítona ou porque tonificou-se a vogal três. Assim, no fim, chegou-se à conclusão de que a palavra foi mal dicionarizada.


O ENSINO DE PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS

O Curso de Português “Bião”, que, em Paris, ensina a língua portuguesa para os franceses interessados em dominar o idioma luso, em 2006, na Expolangue, convidou o professor Dequi para mostrar como ensinar a tonicidade e a acentuação gráfica pela Acentuação Objetiva para estudiosos estrangeiros. Neste ano de 2015, na Academia de Ciências de Lisboa, um professor, também de português, que ensina Chinês, radicado no norte de Portugal, externou entusiasmo por ter visto neste novo caminho de ensinar tonificação das nossas palavras, uma maneira simples de levar ao domínio dessa matéria. Julgou que essa neopedagogia iria facilitar seu trabalho.

Professor que leciona Chinês em Portugal acha que a Neopedagogia irá ajudá-lo nessa missão.

Assim, nesse colóquio da Academia, um pesquisador brasileiro contribuiu com um processo simplificador e bem objetivo que leva ao domínio da tonificação das nossas palavras. Alguns participantes externaram grande interesse em conhecer toda a neopedagogia do professor Francisco Dequi

Professor de Angola quer que o prof. Dequi vá a Angola para expor a sua Neopedagogia.


DEQUI NA FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE

Os jornalistas Cezar Augusto Gonçalves Rodrigues e Warley Oliveira tiveram notícia de que o prof. Dequi foi convidado para ser um dos oradores no “Colóquio Ortografia e bom-senso”, promovido pela Academia das Ciências de Lisboa. Os dois jornalistas providenciaram tudo para que o autor da neopedagogia participasse da Feira do Livro de Porto Alegre. O autor atendeu. A foto mostra o professor autografando, no dia 2 de novembro recente.      

Professor Dequi na sessão de autógrafos na Feira do Livro de Porto Alegre

quarta-feira, 27 de maio de 2015

XI Seminário sobre Neopedagogia da Gramática

Linguística aplicada baseada no binômio
determinante e determinado



Data:
24 de julho - Sexta-feira - tarde (14h às 17h30) e noite (19h às 22h)
25 de julho - Sábado - manhã (8h às 12h) e tarde (13h30 às 17h)

Local:
Faculdade de Tecnologia IPUC - FATIPUC
Av. Guilherme Schell, 5000 - Centro - Canoas – RS

Certificação:
Com 20 horas/aula, para participantes com frequência acima de 75%.

Investimento:
R$ 50,00, por meio de boleto bancário impresso no site www.ipuc.edu.br/portugues



PROGRAMA PARA DEBATE

1 - Os dois alvos das determinâncias nos textos;
2 - Que seria um “determinante”;
3 - O determinante máximo dentro de uma frase;
4 – O determinante onipresente;
5 – A fórmula da oração normal;
6 – Os sintagramas que mostram os polos determinante e determinado;
7– Polos justapostos e sem determinância;
8 - A linguagem do código numérico aplicado em textos;
9 – A forma dos determinantes;
10 – O único determinado quadrimórfico;
11 – As duas formas do determinante máximo;
12 – Os três identificadores sintáticos e seu papel;
13 – O identificador sintático das concordâncias e as suas quatro espécies;
14 – O identificador sintático da colocação;
15 – O identificador sintático da complementação;
16 – O conceito de introdutor de determinantes e suas espécies;
17 – O introdutor bivalente;
18 – Que seria nomenclatura autoexplicativa;
19 – A bifacialidade da boa nomenclatura;
20 – Somente pela via sintática realiza-se a taxionomia exata das palavras;
21 – Que seria sintaxe endovocabular;
22 – Os sufixos criam nova categoria gramatical e os prefixos não;
23 – A sintaxe endovocabular percebida na conjugação verbal;
24 – A abundância de informações propiciadas pelo gráfico do Verbo Diagramado;
25 – Verbos que passam de uma conjugação verbal para outra;
26 – A sintaxe do verbo composto;
27 – Qual o verdadeiro objetivo do acento gráfico nas palavras lusas;
28 – O acento gráfico pode passar uma palavra de uma categoria para outra;
29 – Onde houver sinal de crase há o início de um determinante;
30 – A tradicional crase introdutora possui apenas uma regra;
31 – A modernidade e valor pedagógico da utilização do “software sintagramatical”;