Participação do prof. Francisco Dequi no
“Colóquio Ortografia e Bom-senso” com a tese Neopedagogia da Acentuação Gráfica
na Academia das Ciências de Lisboa, novembro de 2015.
Alceu Vanzing
Lourdes Dallagnol Dequi
O
colóquio, com duração de dois dias, teve início no dia 09 de novembro de 2015,
às 10h, no salão nobre da Academia das Ciências de Lisboa. O presidente da
instituição, Artur Anselmo, abriu a sessão com a presença dos membros titulares
do sodalício da Academia e com as mais altas autoridades em gramaticologia e em
linguística da língua lusa. A pauta seguiu o preestabelecido. O Brasil teve
quatro convidados para participar como oradores. Três eram gaúchos: José Carlos
Gentili, Francisco Dequi, Celso Augusto Nunes da Conceição. O pernambucano
Evanildo Cavalcanti Bechara, atualmente radicado no Rio de Janeiro, teve
participação destacada, pois, no Acordo Ortográfico de 1990, coordenou a
reforma em nome da comunidade brasileira.
Prof. Dequi responde a indagações do
plenário. Bechara acompanha.
Numa
análise superficial, pode-se dizer que o último acordo não satisfez a maioria
dos estudiosos da língua portuguesa dos países lusófonos. As críticas foram
contundentes. O regramento do uso do hífen foi o mais criticado. A eliminação
das consoantes mudas também sofreu intensas restrições. Alguns dos oradores
defenderam a manutenção das tradicionais fonemas consonantais mesmo os mudos.
Outros pregaram sua extinção.
Prof. Dequi expõe sua tese de regra
única que explica todos os acentos.
Houve
também oradores que não vislumbram futuro e solidificação do acordo
ortográfico, mas acreditam que seu debate é uma tentativa que visa à unificação
aproximada da língua lusófona, hoje a quinta mais falada no mundo. Deve-se
aceitar e considerar normal a pronúncia diferenciada das vogais,
principalmente, a de “e” e de “o” que, em Portugal, tem prolação aberta como em
“demónio, bebé” e outras que possuem timbre aberto em Portugal e fechado no
Brasil. Há nessas palavras mudança de timbre nessas vogais, mas a tonicidade,
nelas, fica nas mesmas vogais. Esses pormenores dificilmente serão unificados.
Cada povo continuará pronunciando de sua maneira. E a grafia terá que
acompanhar o estabelecido pelo Acordo. Tal fato não causará qualquer prejuízo
na comunicação escrita ou falada entre as nações lusófonas.
Duas
professoras, neste colóquio, versaram sobre problemas diferentes entre os
países. “Propina”, em Portugal quer dizer “taxa” a ser paga por certos
serviços. No Brasil, ultimamente, essa palavra passou a traduzir, com muita
ênfase, o aspecto criminoso e corrupto de certos percentuais de pagamentos
feitos entre setores públicos e seus agentes.
Prof. Dequi expõe sua tese sobre
Acentuação Objetiva com regra única.
A PARTICIPAÇÃO DO PROFESSOR DEQUI
Os
programadores do Colóquio “Ortografia e Bom-senso” colimavam saber como o autor
da Neopedagogia da Gramática conseguiria justificar que 99,8% dos acentos
gráficos oficiais podem ser explicados por meio de uma única regra. A sua tese
básica tem o seguinte texto: “Dominada a tonicidade natural das palavras sem
diacrítico, 99,8% dos acentos gráficos oficiais da língua portuguesa podem ser
explicados com uma única regra”.
O
orador gaúcho, em 20 minutos, expôs os três roteiros da tonicidade natural das
nossas palavras, com a exemplificação clara exibida em telão e, em seguida,
mostrou o papel deslocador da tonicidade realizado pelo acento gráfico oficial,
o que corresponde à regra única da neopedagogia do professor Dequi. Novamente,
a exemplificação em data show deixou essa dinâmica da tonicidade bem evidente
provocada pelo diacrítico – um processo bem simples.
O
orador, em seguida, arrolou as inúmeras vantagens dessa neopedagogia da
acentuação gráfica: ensina a tonicidade natural de qualquer palavra sem essa
marca visual; simplifica o seu domínio, pois dispensa estudar e reter a
contagem das sílabas para classificar as palavras em oxítonas, paroxítonas e
proparoxítonas; dispensa também diferenciar as vogais das semivogais e os
consequentes encontros vocálicos “ditongos, tritongos e hiatos”. Esses
pré-requisitos, pela didática do prof. Dequi, não são necessários para
justificar os acentos gráficos oficias da nossa língua. São complicadores
dispensáveis para a Acentuação Objetiva ensinada pela Neopedagogia da
Gramática.
As doutoras gostaram da Neopedagogia,
mas querem saber mais.
Ao
encerrar sua exposição, o prof. Dequi solicitou a colaboração dos participantes
para a busca de palavras que não se enquadrem dentro dos três itens da
tonicidade natural das palavras sem acento gráfico. Pediu também que fossem
apresentadas eventuais palavras que violem a regra única da acentuação gráfica,
incluindo, nestas, os 0,2% dos sinais diferenciadores. Um grupo de docentes, no
intervalo destinado ao cafezinho, apresentou “um abacaxi”: a palavra
“performance” que, na sua escrita, aparece sem acento gráfico tanto nos
dicionários lusitanos como nos brasileiros. Tanto pelas regras do Acordo como pelas
da Neopedagogia apresentadas, esse vocábulo deveria ser marcado com acento
gráfico. Ou por ser proparoxítona ou porque tonificou-se a vogal três. Assim,
no fim, chegou-se à conclusão de que a palavra foi mal dicionarizada.
O ENSINO DE PORTUGUÊS PARA ESTRANGEIROS
O
Curso de Português “Bião”, que, em Paris, ensina a língua portuguesa para os
franceses interessados em dominar o idioma luso, em 2006, na Expolangue,
convidou o professor Dequi para mostrar como ensinar a tonicidade e a
acentuação gráfica pela Acentuação Objetiva para estudiosos estrangeiros. Neste
ano de 2015, na Academia de Ciências de Lisboa, um professor, também de
português, que ensina Chinês, radicado no norte de Portugal, externou
entusiasmo por ter visto neste novo caminho de ensinar tonificação das nossas
palavras, uma maneira simples de levar ao domínio dessa matéria. Julgou que
essa neopedagogia iria facilitar seu trabalho.
Professor que leciona Chinês em Portugal
acha que a Neopedagogia irá ajudá-lo nessa missão.
Assim,
nesse colóquio da Academia, um pesquisador brasileiro contribuiu com um
processo simplificador e bem objetivo que leva ao domínio da tonificação das
nossas palavras. Alguns participantes externaram grande interesse em conhecer
toda a neopedagogia do professor Francisco Dequi
Professor de Angola quer que o prof.
Dequi vá a Angola para expor a sua Neopedagogia.
DEQUI NA FEIRA DO LIVRO DE PORTO ALEGRE
Os
jornalistas Cezar Augusto Gonçalves Rodrigues e Warley Oliveira tiveram notícia
de que o prof. Dequi foi convidado para ser um dos oradores no “Colóquio
Ortografia e bom-senso”, promovido pela Academia das Ciências de Lisboa. Os
dois jornalistas providenciaram tudo para que o autor da neopedagogia
participasse da Feira do Livro de Porto Alegre. O autor atendeu. A foto mostra
o professor autografando, no dia 2 de novembro recente.
Professor
Dequi na sessão de autógrafos na Feira do Livro de Porto Alegre
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