quinta-feira, 10 de março de 2011

Neopedagogia da Gramática - Tese 15 - Crase com regra única

Estudiosos Internautas

Seguindo a nossa programação, nesta data, estamos expondo a Tese 15. Nosso objetivo é ensejar análise sobre técnicas modernas de levar a perceber a nossa gramática natural viva, utilizando os instrumentos que chamamos de sintagramas ou de diagrama. Acompanham também este estudo toques nomenclaturais lógicos que levam a entender melhor a estrutura e o funcionamento da nossa língua. Dentro desta nova visão, merece destaque a nova maneira de justificar os acentos gráficos oficiais que chamamos de "Acentuação Objetiva".

Evidentemente, propiciaremos apenas uma síntese de cada tese. Se algum interessado quiser se aprofundar, colocamos à disposição manuais, CDs e DVDs, bem como nosso Blog: portuguespelaneopedagogia.blogspot.com.

Pretendemos, assim, contribuir para a busca de novas técnicas que levem ao domínio da nossa gramática natural viva. Será imensa a nossa satisfação receber questionamentos fundamentados, pois, com estes, poderemos juntos construir novos caminhos para dominar as regras gramaticais vigentes da nossa língua.

Vamos construir juntos! Abraços.


6 comentários:

Anônimo disse...

Explicar a contração em lugar das regras já é método antigo. Achei o vídeo muito demorado, monótono e repetitivo. A imagem indo e voltando dá uma impressão desconfortável.

Prof. Francisco Dequi disse...

Senhor Cripto


Agradecemos imensamente suas colocações sobre nosso vídeo sobre a crase. Esses questionamentos são muito úteis, pois ensejam e provocam algumas explicações adicionais para que nossos objetivos fiquem bem claros.

Vamos ao texto da sua intervenção: “Explicar a contração em lugar das regras já é método antigo.” Em primeiro lugar, não é isso que vemos nas atuais gramáticas e manuais escolares. Eu diria mais: Esse sinal de crase foi concebido a partir de um único fato sintático. O objetivo dos criadores desse diacrítico sintático, desde a sua criação, foi alertar sobre a existência e a fusão dos dois “ás”. E a marca convencionada para marcar essa contração foi o chamado acento grave.

O problema que deparamos é que os autores dos livros didáticos puseram-se a criar muitas regras para aplicar e acertar seu uso, sem levar ao domínio do porquê, isto é, sem dar a base da sua existência. Tudo está sendo feito para ser decorado, sem realmente compreender esse fato gramatical. Tanto é verdade que até alguns “macetes” foram criados para apenas memorizar a sua aplicação, sem dar qualquer importância à sua real justificativa e compreensão. Veja-se este, por exemplo: “Vou a, volto de, crase para quê?”

Portanto, o surgimento dessa crase se baseou em regra única, mas não há gramáticos que a expõem por esse caminho. Assim, antiga é a sua criação, mas a explicação sistematizada por meio de regra única é uma preocupação do nosso órgão de pesquisas.

Quanto à sua avaliação de que “vídeo é muito demorado, monótono e repetitivo. A imagem indo e voltando dá uma impressão desconfortável.”, temos a dizer que isso foi intencional, pois procuramos cumprir o nosso lema bem pedagógico que prega: “Levar a perceber”. E só se leva a perceber e dominar o fato sintático em foco, se a exemplificação for vasta, repetitiva e demonstrada claramente. O vídeo, entendemos nós, faz isso com muita eficiência: diz e mostra.

É evidente que, para os que já superaram essa fase de dominar bem a famosa crase, essa abundância de explicações e demonstrações seria dispensável. Mas, para aqueles que ainda precisam estudá-la e dominá-la com plenitude, é muito importante essa abundância de elucidações e demonstrações.

Nos nossos seminários neopedagógicos, quando apresentamos a dita crase, mesmo entre professores de português, surgem manifestações como: “Que maravilha! Nunca vi a crase explicada assim. Até hoje, realmente, só decorei. Agora sei o porquê e entendi bem o que é essa crase! Nunca tinha visto explicado assim”.

Ensinada esta matéria baseada em regra única, até os casos de crase facultativa, ou do mero sinal de adverbiação ficam assimiláveis pelo estudioso em geral. Cremos que vale a pena mostrar claramente as situações que geraram a convenção gramatical da crase que vem maltratando nossos alunos ou nossos candidatos a concursos públicos.

Convém lembrar:que não criamos regras gramaticais. Buscamos apenas caminhos mais objetivos que levam a entender bem as convenções oficiais que comandam a estrutura e o funcionamento da nossa língua. Somos apenas neopedagógicos.

Seu questionamento foi muito importante. Deu-nos oportunidade de propiciar explicações adicionais. Continuamos à sua disposição.

Lucy Medeiros disse...

Estou com uma duvida nesta frase
"A mulher à que nos referimos foi atendida pelo prefeito."
estaria certa a crase , ja que o "que" pode ser tbm entendido como "aquela" .. Ou estou errada

PAULODVDRW disse...

Parabéns charríssimo professor!
Essa é sem dúvida uma das melhores aulas de língua portuguesa que achei disponível na internet.
Gostaria muito de adquirir o curso completo, pois estou estudando para concurso público!

Aguardado resposta.
Atenciosamente; Paulo Rodrigues.

Gabriel m k disse...

Eu não entendo nada disso .e vim de um Colégio municipal que não tinha essa matéria e eu estou sendo obrigado a aprender essa matéria em um unico ano sendo que os meus outros colegas do ipuc ja sabem pois eles ja vem aprendendo desda quarta série no ipuc e a professora só passa as frases sem EXPLICAÇÃO e isso me confundi muito pois eu preciso desta matéria para passar de ano.

João Paulo da Fontoura disse...


Há uns 10 anos, resolvi iniciar escrever alguns romances. Como sempre fui um doidivanas leitor, acreditei que isso me bastaria. Erro crasso, dei-me com os burros n'águas!
Na questão das crases, deparei-me com vários videos muitos bons explicando detalhadament, mas nada, absolutamente nada, chegou mininamente às explicações do conspícuo professor Francisco. Uma vez por ano, religiosamente, volto a beber dessas águas, cada vez mais saborosas. Não tem pra ninguém, esse mestre é - disparado - o que mais entende e explica sobre nossa língua portuguesa, tanto morfologia quanto sintaxe. Abraços, herr professor!